Era um daqueles momentos em que a raiva toma conta da gente, só de pensar em tudo que fiz e senti, ser tratada daquele jeito não era o ideal.
– Fique longe e trate de não voltar mais! ; Foi o que "o fulano" havia me dito.
Ah meu querido, nunca mais irei atrás de você, pode ficar tranquilo. Pequei meu caminho rumo ao ponto de ônibus. A rua estava iluminada, não como de costume, mas estava, a lua no seu pico de cheia ajudava a dar o belo contraste na noite.
Sabia que aquela espera seria insuportável, tudo vindo à tona, principalmente a grande vontade de voltar lá e matá-lo.
Em meio aquele cenário caótico, ouvi gargalhadas. Pensei estar enlouquecendo. Ao levantar à cabeça que até pouco estava voltada para o chão, vi de onde as gargalhadas vinham.. Um casal! O rapaz carregava a moça em suas costas e ela ria, ria como se o mundo fosse acabar ali, e então ele à fez descer e começou a querer pular em cima dela, ainda se esbaldando com as gargalhadas que contagiavam até a mim, ela tropeçou. Tropeçou e por ali mesmo ficou. Caída. (Silêncio) - Silêncio que durou pouco, em uma fração de segundos o rapaz à tomou em seus braços e levou-a no colo, quando antes que pudesse sentir a falta daquela gargalhada doce e contagiante, lá estava ela de volta: rindo, rindo, rindo .. ria.
Não havia outra coisa a fazer, a não ser desfazer. Desfazer o caminho que fizera até o ponto de ônibus, e bater na casa do "fulano", pois quando o amor é verdadeiro, uma simples gargalhada faz com que a gente esqueça o rancor e queria amar plenamente.
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